Aí está algo que não tem nada a ver, mas ainda assim, é interessante...
Mandaram p/uma lista que eu participo, mas está no Estadão de hoje - 02.05.2002...
Nada, no mundo, dá mais lucro do que vender pipoca
Nem o comércio ilegal de drogas ou armas rende tanto aos varejistas GILES WHITTELL The Times LONDRES
A pipoca, vendida nos lugares certos, com as margens de lucro calculadas corretamente, é a substância mais lucrativa do planeta. Há concorrentes, como a heroína e os fuzis de ataque do mercado negro, mas, do ponto de vista do varejista, a pipoca tem vantagens distintas. É legal, segura, não vicia e, diferentemente do petróleo e do fumo, não está atrelada a tributos especiais. Segundo as palavras de um especialista na história social do produto, "não há nada que se compare" à pipoca no comércio legítimo. Nos Estados Unidos, as vendas, nos supermercados, de milho de pipoca para consumo em casa gradualmente superaram todas as outras. Por ano, são vendidos no país 19 milhões de metros cúbicos do produto. Na Grã-Bretanha, são os cinemas que lideram o ataque. Até agora são 342 cinemas, com múltiplas salas, enquanto em 1984 não havia nenhum. E este ano mais 22 dos chamados multiplexes devem ser inaugurados. A pipoca, portanto, está destinada a representar um papel ainda maior na vida das pessoas. Também está se tornando mais lucrativa. Grão por grão, sempre foi uma proposta comercial imbatível para o varejista porque é comprada por peso e vendida por volume e, quando estoura, se enche de ar, que não custa nada. Na década de 50, a razão volumétrica entre o milho para pipoca e a pipoca estourada era de 35 para 1. Agora, graças aos progressos científicos, a proporção chega a 55 para 1 e está aumentando. O que é perfeito para os cinemas porque, quando você compra um balde de pipoca, não compra um número de grãos, mas sim abundância. O milho para pipoca custa quase nada. Exatamente quanto ninguém na indústria quer dizer, mas especialistas oferecem uma idéia aproximada. Segundo eles, o valor intrínseco dos grãos em uma quantidade de pipoca equivalente a US$ 1 é cerca de 1 centavo (US$ 0,01). Portanto, o lucro imaginado seria de 10.000% Mas esses números deixam muita coisa de fora, como o custo da máquina de fazer pipoca, sal, manteiga, imitação de manteiga, embalagem, aluguel e o intermediário. Todos os fatores considerados, o lucro real dos cinemas fica próximo de 75%, diz Andrew Smith, autor de Popped Culture. A pipoca sustenta o negócio de cinema numa proporção da qual pouca gente se dá conta. Sem a ela e as outras guloseimas vendidas no salão de entrada, o fenômeno dos multiplexes teria levado muito mais tempo para conquistar o mundo. Também não existiriam aqueles salários multimilionários dos astros de primeira grandeza.
Mandaram p/uma lista que eu participo, mas está no Estadão de hoje - 02.05.2002...
Nada, no mundo, dá mais lucro do que vender pipoca
Nem o comércio ilegal de drogas ou armas rende tanto aos varejistas GILES WHITTELL The Times LONDRES
A pipoca, vendida nos lugares certos, com as margens de lucro calculadas corretamente, é a substância mais lucrativa do planeta. Há concorrentes, como a heroína e os fuzis de ataque do mercado negro, mas, do ponto de vista do varejista, a pipoca tem vantagens distintas. É legal, segura, não vicia e, diferentemente do petróleo e do fumo, não está atrelada a tributos especiais. Segundo as palavras de um especialista na história social do produto, "não há nada que se compare" à pipoca no comércio legítimo. Nos Estados Unidos, as vendas, nos supermercados, de milho de pipoca para consumo em casa gradualmente superaram todas as outras. Por ano, são vendidos no país 19 milhões de metros cúbicos do produto. Na Grã-Bretanha, são os cinemas que lideram o ataque. Até agora são 342 cinemas, com múltiplas salas, enquanto em 1984 não havia nenhum. E este ano mais 22 dos chamados multiplexes devem ser inaugurados. A pipoca, portanto, está destinada a representar um papel ainda maior na vida das pessoas. Também está se tornando mais lucrativa. Grão por grão, sempre foi uma proposta comercial imbatível para o varejista porque é comprada por peso e vendida por volume e, quando estoura, se enche de ar, que não custa nada. Na década de 50, a razão volumétrica entre o milho para pipoca e a pipoca estourada era de 35 para 1. Agora, graças aos progressos científicos, a proporção chega a 55 para 1 e está aumentando. O que é perfeito para os cinemas porque, quando você compra um balde de pipoca, não compra um número de grãos, mas sim abundância. O milho para pipoca custa quase nada. Exatamente quanto ninguém na indústria quer dizer, mas especialistas oferecem uma idéia aproximada. Segundo eles, o valor intrínseco dos grãos em uma quantidade de pipoca equivalente a US$ 1 é cerca de 1 centavo (US$ 0,01). Portanto, o lucro imaginado seria de 10.000% Mas esses números deixam muita coisa de fora, como o custo da máquina de fazer pipoca, sal, manteiga, imitação de manteiga, embalagem, aluguel e o intermediário. Todos os fatores considerados, o lucro real dos cinemas fica próximo de 75%, diz Andrew Smith, autor de Popped Culture. A pipoca sustenta o negócio de cinema numa proporção da qual pouca gente se dá conta. Sem a ela e as outras guloseimas vendidas no salão de entrada, o fenômeno dos multiplexes teria levado muito mais tempo para conquistar o mundo. Também não existiriam aqueles salários multimilionários dos astros de primeira grandeza.
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