Depois de passar o sábado inteiro pensando em agility a cada hora que olhava no relógio (exemplo: 10:10 h da manhã indo pegar o vestido - "Droga! Era pra eu estar fazendo reconhecimento de pista!", 11:20 - "Provavelmente já tão passando a segunda pista!" e por aí vai), devo admitir que o casamento, no fim das contas, foi divertido (mesmo com o atraso de uma hora do começo da cerimônia).
Seguindo aquele roteiro básico de "cerimônia-ida à recepção-espera pelo jantar-fila no buffet-hora do silêncio seguida do clipe dos noivos-agradecimento dos noivos-valsa-ataque aos docinhos e começa-se a dançar", foi legal reencontrar o pessoal da faculdade, botar algumas conversas em dia e rir (principalmente com o marido de uma das minhas amigas que sempre é o mais animado nesses encontros e que deixou gravada na minha mente uma coreografia da música "Ciumenta, para de ser tão ciumenta!" - não me perguntem quem canta).
Aliás, músicas de casamentos são um verdadeiro clichê, não é verdade? Quase sempre obedecendo uma sequência mais ou menos assim (isso vale tanto pra DJ quanto pra banda):
- Musiquinhas mais ou menos tranquilas e mais ou menos novas até depois da hora do jantar (junto com a presença de "clássicos" como "Boate azul" e "Ainda ontem chorei de saudade");
- Depois de todo mundo com a barriga cheia e metade da maquiagem limpa pelo guardanapo, hora da valsa (geralmente o infalível "Danúbio Azul" - parararam/raram/raram) dos noivos, pais e padrinhos se esbarrando e se ajeitando só no acorde final;
- Logo em seguida já começam com músicas dos anos 50/60 (Rock around the clock e Do the Twist) junto com os tradicionais forrós e sertanejos balançantes pra satisfazer a vontade dos tios que vieram de longe darem uma dançadinha;
- Depois que as avós estão sentadas nas cadeiras quase dormindo e os tios estão reclamando de dor na coluna (exceto aquele que se acha o garotão ainda e junta com a galera devidamente acessorizado com a máscara, arquinho ou colar havaiano distribuídos pelo povo do cerimonial, última moda dos casamentos atualmente), começa o "agito" que conta com um variado mas ao mesmo tempo conhecido repertório que começa com algum axé que tenha feito sucesso uns 6 anos atrás para mais (mas que todo mundo conhece e só dança em casamentos, no mundo real, é uma porcaria que ninguém assume), passando pelos axés atuais (sem esquecer, claro, de levantar "Poeira") e sambas/pagodes grudentos (afinal, você precisar "deixar a vida te levar") e a partir daí começam os "blocos" de ritmos/bandas e que agora eu vou listar:
- Anos 70/80 (YMCA é a música que não pode faltar e só se vê o pessoal balançando os braços de um lado para o outro, nunca fazendo as letras de forma correta);
- Jota Quest e Skank junto com outras bandas animadas do nosso cancioneiro (Além do horizonte e Vou deixar são hits indispensáveis para a seleção);
- Breve pausa da música para o arremesso do buquê (e devidamente direcionada para tal atividade, senão o marido da minha amiga ia me anunciar no microfone, fiquei na minha posição estratégica para NÃO pegar o buquê, no fundo e de braços abaixados. Na hora do arremesso, em que o buquê, um "fake", se desfaz para todos os lados, fiquei parada, só vi a mulherada se jogando para pegar flores aleatórias, um enxame de abelhas africanas assassinas ou uma saída de bola num jogo de futebol americano teriam sido mais delicados);
- A hora dos clássicos para requebrar o esqueleto como "Twist and shout" e "Whisky a Go-Go";
- E mesclado com isso tudo se aproveitando da semi-inconsciência alcóolica da maioria dos convidados que saem a dançar e fazer performances memoráveis de músicas como "Sandra Rosa Madalena" e "Fogo e paixão".
- Junte tudo isso e vá alternando os estilos para no final, quando os funcionários já quiserem limpar o local, o DJ já esgotou a playlist e os noivos já saíram há tempo para consumarem o matrimônio, fechar com chave de ouro com pérolas que estão nos ouvidos de todos como "Garçom" e "Aquele fio de cabelo no meu paletó". Quando chegou essa hora, meus amigos, é hora de tirar a gravata da testa, juntar o casaco, pegar os saltos altos/sandálias nos dedos e se mandar pro carrinho de lanche mais próximo porque a fome tá batendo, o jantar já foi gasto com toda essa dança e o seu fígado precisa de algo sólido para metabolizar.
E que atire a primeira pedra quem nunca passou por um roteiro de casamento desses. hehehehehe
Nota final: esse roteiro musical também é válido para formaturas, salvo pela troca de alguns eventos (afinal, nunca vi alguém arremessar um buquê numa formatura hahaha).
Seguindo aquele roteiro básico de "cerimônia-ida à recepção-espera pelo jantar-fila no buffet-hora do silêncio seguida do clipe dos noivos-agradecimento dos noivos-valsa-ataque aos docinhos e começa-se a dançar", foi legal reencontrar o pessoal da faculdade, botar algumas conversas em dia e rir (principalmente com o marido de uma das minhas amigas que sempre é o mais animado nesses encontros e que deixou gravada na minha mente uma coreografia da música "Ciumenta, para de ser tão ciumenta!" - não me perguntem quem canta).
Aliás, músicas de casamentos são um verdadeiro clichê, não é verdade? Quase sempre obedecendo uma sequência mais ou menos assim (isso vale tanto pra DJ quanto pra banda):
- Musiquinhas mais ou menos tranquilas e mais ou menos novas até depois da hora do jantar (junto com a presença de "clássicos" como "Boate azul" e "Ainda ontem chorei de saudade");
- Depois de todo mundo com a barriga cheia e metade da maquiagem limpa pelo guardanapo, hora da valsa (geralmente o infalível "Danúbio Azul" - parararam/raram/raram) dos noivos, pais e padrinhos se esbarrando e se ajeitando só no acorde final;
- Logo em seguida já começam com músicas dos anos 50/60 (Rock around the clock e Do the Twist) junto com os tradicionais forrós e sertanejos balançantes pra satisfazer a vontade dos tios que vieram de longe darem uma dançadinha;
- Depois que as avós estão sentadas nas cadeiras quase dormindo e os tios estão reclamando de dor na coluna (exceto aquele que se acha o garotão ainda e junta com a galera devidamente acessorizado com a máscara, arquinho ou colar havaiano distribuídos pelo povo do cerimonial, última moda dos casamentos atualmente), começa o "agito" que conta com um variado mas ao mesmo tempo conhecido repertório que começa com algum axé que tenha feito sucesso uns 6 anos atrás para mais (mas que todo mundo conhece e só dança em casamentos, no mundo real, é uma porcaria que ninguém assume), passando pelos axés atuais (sem esquecer, claro, de levantar "Poeira") e sambas/pagodes grudentos (afinal, você precisar "deixar a vida te levar") e a partir daí começam os "blocos" de ritmos/bandas e que agora eu vou listar:
- Anos 70/80 (YMCA é a música que não pode faltar e só se vê o pessoal balançando os braços de um lado para o outro, nunca fazendo as letras de forma correta);
- Jota Quest e Skank junto com outras bandas animadas do nosso cancioneiro (Além do horizonte e Vou deixar são hits indispensáveis para a seleção);
- Breve pausa da música para o arremesso do buquê (e devidamente direcionada para tal atividade, senão o marido da minha amiga ia me anunciar no microfone, fiquei na minha posição estratégica para NÃO pegar o buquê, no fundo e de braços abaixados. Na hora do arremesso, em que o buquê, um "fake", se desfaz para todos os lados, fiquei parada, só vi a mulherada se jogando para pegar flores aleatórias, um enxame de abelhas africanas assassinas ou uma saída de bola num jogo de futebol americano teriam sido mais delicados);
- A hora dos clássicos para requebrar o esqueleto como "Twist and shout" e "Whisky a Go-Go";
- E mesclado com isso tudo se aproveitando da semi-inconsciência alcóolica da maioria dos convidados que saem a dançar e fazer performances memoráveis de músicas como "Sandra Rosa Madalena" e "Fogo e paixão".
- Junte tudo isso e vá alternando os estilos para no final, quando os funcionários já quiserem limpar o local, o DJ já esgotou a playlist e os noivos já saíram há tempo para consumarem o matrimônio, fechar com chave de ouro com pérolas que estão nos ouvidos de todos como "Garçom" e "Aquele fio de cabelo no meu paletó". Quando chegou essa hora, meus amigos, é hora de tirar a gravata da testa, juntar o casaco, pegar os saltos altos/sandálias nos dedos e se mandar pro carrinho de lanche mais próximo porque a fome tá batendo, o jantar já foi gasto com toda essa dança e o seu fígado precisa de algo sólido para metabolizar.
E que atire a primeira pedra quem nunca passou por um roteiro de casamento desses. hehehehehe
Nota final: esse roteiro musical também é válido para formaturas, salvo pela troca de alguns eventos (afinal, nunca vi alguém arremessar um buquê numa formatura hahaha).
Nenhum comentário:
Postar um comentário